quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O MÉDIUM


Ser médium é ser intermediário entre a vida espiritual e a material. Cabe ao médium receber e transmitir mensagens ditadas pelo mestre, guia ou protetor. Toda e qualquer pessoa é potencialmente um médium, sendo diversas as modalidades, graus e faixas de evolução com que se apresenta a mediunidade de um indivíduo.

Não é finalidade deste artigo estudar uma a uma essas formas de mediunidade, mas de mostrar que, em todas elas, há requisitos, direitos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não. Mediunidade "aberta" se aplica naquelas pessoas em que o fenômeno da mediunidade, ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma.


A responsabilidade do médium é grande, não só porque dele dependem diversos irmãos materiais, como também porque nele é depositada a confiança do Supremo Criador.


O médium deve ser humilde, resignado, perseverante, caridoso e acima de tudo, justo para com todos os que o rodeiam e o procuram. O médium deve ter fé, esperança, compreensão e amor para distribuir a todos que, carentes de palavras de conforto, ouvem as mensagens do Astral. Somente dotado destas virtudes pode o médium receber transmissões de verdade, paz e harmonia para retransmití-las a seus irmãos.


O desenvolvimento da mediunidade se processa a medida que o indivíduo vai fixando estes conceitos dentro de seu íntimo e, o que é mais importante, a medida que estes conceitos vão sendo praticados realmente, do fundo do coração, é que ele vai subindo na escala de desenvolvimento mediúnico. O tempo deste desenvolvimento está diretamente relacionado com a aceitação da Verdade Divina e a aplicação desta verdade no cotidiano do médium.


Existem certos entraves e barreiras na vida de um médium que, por vezes, em segundos apenas, pode ele perder anos de aperfeiçoamento espiritual. Entre eles podemos citar o ódio, o rancor, o ciúme, a inveja, o fanatismo e o materialismo abusivo. São obras dos espíritos sem luz que estão à espreita dos menos avisados e tomam posse do corpo astral do indivíduo, incutindo-lhes sensações e sentimentos mórbidos que na certa irá destruí-lo se não forem combatidos a tempo. Neste caso o médium torna-se um possesso das forças do mal, chegando até, o que muito freqüentemente ocorre, a influir materialmente na vida do médium, fazendo com que este transmita estes sentimentos impuros a todos os que o rodeiam. Torna-se então num antro de forças negativas e cai no abismo escuro e profundo das trevas.


Portanto tem, o médium, sempre duas portas à sua frente e depende dele abrir a porta certa. Não é como se diz "um tiro no escuro", todo médium ao encontrar-se numa situação semelhante deve elevar seu pensamento à Deus e com forte e vigorosa prece implorar aos seus mentores que iluminem sua mente e o impila a seguir por caminhos retos.


O médium tem proteção espiritual, basta preservar esta proteção e sempre renová-la através de pensamentos positivos de paz, amor, verdade e justiça. O médium, para conseguir isto, não necessita ser um intelectual, nem um recluso da vida material. Basta que tenha uma vida normal, regular, mas sempre voltado para as coisas espirituais, que é a razão de sua existência, mas nunca com fanatismo, que é uma das portas do abismo. Deve ser controlado, estável diante de situações tanto alegres como tristes, felizes como desesperadoras, sem entretanto perder o sentimento de humanidade. Deve sempre ter em mente que Deus a tudo vê e a tudo fiscaliza. Deve semear a harmonia de partes conflitantes, não importando de que lado esteja. Deve perdoar a todos sem exceção, não interessando por quem ou por que foi ofendido. Deve ter paciência com os menos esclarecidos, afastando sentimentos de ódio, inveja, ciúmes e rancor.


Não deve ter ilusões nem iludir a quem quer que seja. Deve sim, mostrar a realidade dos fatos e aceitá-la como tal. Deve saber distinguir o certo do errado e saber dizer esta verdade sem ferir a ninguém. Deve seguir os mandamentos ditados pelo Mestre dos Mestres, não como uma obrigação, mas como uma coisa natural, real e verdadeira. Para isso deve imprimir no seu íntimo a essência e as razões de tais mandamentos. Deve principalmente: "AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO".

FONTE:http://www.saocosmeedamiao.com.br/mediunidade2.htm

domingo, 26 de outubro de 2008

POMBA-GIRA GUARDIÃ NÃO É KIUMBA




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Quando ouvimos a palavra pomba-gira numa frase, é quase certo que esteja sendo usada de forma equivocada.
Associam-na à poder sim, mas não ao seu verdadeiro poder, que é bastante limitado e controlado pelo Auto. Em muitas outras situações a analogia que sofrem nossas comadres se dá com espíritos de psicopatas e ninfo-maníacas sedentas de sensações humanas primitivas. Prontas à atender qualquer pedido em troca de cachaça, e um prato de comida que mais parece oferenda para cachorro. Há ainda os que acham que se ofertarem dinheiro, jóias e bebidas caríssimas, terão todos os seus inescrupulosos pedidos atendidos.


Aos que se encontram nessa categoria de relacionamentos, sinto informar que não conheceram nenhuma Pomba-gira. Estão muito mal amparados por espíritos mistificadores e sem evolução alguma, que são chamados quiumbas. Se não se importam com quem estejam travando seus contatos, ou se não se importam com as consequências, que serão muitas, ao menos tenham a consciência que definitivamente não são Pombagiras essas pobres entidades.


Uma Pomba-gira guardiã é um espírito que tem consciência de seus atos, com um poder relativo para executar solicitações diversas dentro da lei cármica de causa e efeito. São muitas as possibilidades de ajuda que elas nos proporcionam, mas não podem atuar desvairedamente nos favorecendo os caprichos inconsequentes. Estamos aqui nesse momento, nessa dimensão para crescermos, e inúmeras vezes teremos de lidar com a perda e a frustração, isso faz parte do processo que nós mesmos escolhemos. Eu sei que isso é difícil, mas confiar na providência sempre é o melhor caminho. Procure entrar em contato com nossas queridas amigas Pombagiras, através de um bom médium, ouça seus conselhos, confie seus segredos e siga suas orientações, muitos caminhos irão se abrir, muitas respostas virão e muito mais amor verdadeiro e prosperidade merecida acontecerão em suas vidas.


Um abraço, aos irmãos de fé.

Claudia Baibich

www.pombagiras.blogspot.com

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

MENSAGEIROS DE OGUM


A umbanda e suas entidades humildes e prestativas, são sinônimos de conforto, carinho;é aquele cantinho dos avós Pretos Velhos, praticamente nos mimando com seu amor mesclado de sábios ensinamentos escondidos nas entrelinhas.


Muitas vezes em nossa vida, o que precisamos é de um pulso forte, um chaqualhão bem dado. Um Pai que vê além da onde enxergamos . Que não tenha papas na língua e nos mostre a verdade sobre nós mesmos.

Se vamos gostar ou não daquilo que ele falar o importante é que vamos ouvir, pois estas palavras virão misturadas a verdades que até então eram só nossas, ou achávamos que eram.
Este Pai enérgico e indispensável é Ogum.


Os Caboclos de Ogum, ou como queiram chamar este espírito supremo em postura, que outrora foi um guerreiro, um soldado antigo ou um general, e hoje é uma fortaleza a nos guiar pelo melhor caminho, caminho este por ele mesmo aberto.

A gira de Ogum abre os caminhos para a prosperidade, o trabalho, o bom relacionamento familiar e amoroso.
A gira de Ogum é para pedir que se faça acontecer as mudanças necessárias em sua vida, aquelas mudanças que muitas vezes nem nós mesmos estamos prontos para que aconteçam.


E o melhor é que eles premeditam, basta saber ouvir.
As entidades mensageiras do Orixá do ferro são apreciadoras da cerveja e da carne, não gostam de cachaça ou outra bebida de teor alcóolico elevado. Também se utilizam do charuto para as suas mirongas e defumações.
Como diz um de seus pontos cantados.: "Ogum não devia beber, Ogum não devia fumar, mas a fumaça é a nuvem que passa e a cerveja a espuma do mar..."


FONTE: http://www.girasdeumbanda.com.br/giras_ogum.asp

terça-feira, 21 de outubro de 2008

ASSIM NASCEU A UMBANDA:


HISTÓRIA DA UMBANDA


Em fins de 1908, uma família tradicional de Neves, Niterói –RJ, foi surpreendida por uma ocorrência que tomou aspectos sobrenaturais: o jovem Zélio Fernandino de Moraes, que fora acometido de estranha paralisia, que os médicos não conseguiam debelar, certo dia ergueu-se do leito e declarou: "amanhã estarei curado".
No dia seguinte, levantou-se normalmente e começou a andar, como se nada lhe houvesse tolhido os movimentos. Contava 17 anos de idade e preparava-se para ingressar na carreira militar na Marinha.
A medicina não soube explicar o que acontecera.
Os tios, sacerdotes católicos, colhidos de surpresa, nada esclareceram. Um amigo da família sugeriu então uma visita à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa. Tomado por uma força estranha e superior a sua vontade, e contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, o jovem levantou-se, dizendo:"aqui está faltando um flor", e saiu da sala indo ao jardim, voltando logo após com uma flor, que depositou no centro da mesa.
Esta atitude insólita causou quase que um tumulto. Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns kardecistas espíritos que se diziam pretos escravos e índios. Foram convidados a se retirarem, advertidos de seu estado de atraso espiritual.
Novamente uma força estranha dominou o jovem Zélio e ele falou, sem saber o que dizia. Ouvia apenas a sua própria voz perguntar o motivo que levava os dirigentes dos trabalhos a não aceitarem a comunicação daqueles espíritos e do porquê em serem considerados atrasados apenas por encarnações passadas que revelavam. Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura. Um médium vidente perguntou:
"Por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados ? Por quê fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz ? E qual o seu nome irmão ?
E o espírito desconhecido falou: "Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim não haverá caminhos fechados. O vidente retrucou: "Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto" ? perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse: "cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei".
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar a hora marcada, 20:00 h, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.
Às 20:00 h, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto, que teria por base o Evangelho de Jesus.
O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões, assim seriam chamados os períodos de trabalho espiritual, diárias, das 20:00 às 22:00 h; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade.
A Casa de trabalhos espirituais que ora se fundava, recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque assim como Maria acolheu o filho nos braços, também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda ou de conforto. Ditadas as bases do culto, após responder em latim e alemão às perguntas dos sacerdotes ali presentes, o Caboclo das Sete Encruzilhadas passou a parte prática dos trabalhos, curando enfermos, fazendo andar paralíticos. Antes do término da sessão, manifestou-se um preto-velho, Pai Antônio, que vinha completar as curas. No dia seguinte, verdadeira romaria formou-se na rua Floriano Peixoto. Enfermos, cegos etc. vinham em busca de cura e ali a encontravam, em nome de Jesus. Médiuns, cuja manifestação mediúnica fora considerada loucura, deixaram os sanatórios e deram provas de suas qualidades excepcionais.
A partir daí, o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a trabalhar incessantemente para o esclarecimento, difusão e sedimentação da religião de Umbanda. Além de Pai Antônio, tinha como auxiliar o Caboclo orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia.
Em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebeu ordens do Astral Superior para fundar sete tendas para a propagação da Umbanda. As agremiações ganharam os seguintes nomes: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia; Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição; Tenda Espírita Santa Bárbara; Tenda Espírita São Pedro; Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge; e Tenda Espírita São Jerônimo.
Embora não seguindo a carreira militar para a qual se preparava, pois sua missão mediúnica não o permitiu, Zélio Fernandino de Moraes nunca fez da religião sua profissão.Trabalhava para o sustento de sua família e diversas vezes contribuiu financeiramente para manter os templos que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou.
Ministros, industriais, e militares que recorriam ao poder mediúnico de Zélio para a cura de parentes enfermos e os vendo recuperados, procuravam retribuir o benefício através de presentes, ou preenchendo cheques vultosos. "Não os aceite. Devolva-os", ordenava sempre o Caboclo.
A respeito do uso do termo espírita e de nomes de santos católicos nas tendas fundadas, o mesmo teve como causa o fato de naquela época não se poder registrar o nome Umbanda, e quanto aos nomes de santos, era uma maneira de estabelecer um ponto de referência para fiéis da religião católica que procuravam os préstimos da Umbanda.
O ritual estabelecido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas era bem simples, com cânticos baixos e harmoniosos, vestimenta branca, proibição de sacrifícios de animais. Dispensou os atabaques e as palmas. Capacetes, espadas, cocares, vestimentas de cor, rendas e lamês não seriam aceitos. As guias usadas são apenas as que determinam a entidade que se manifesta. Os banhos de ervas, os amacis, a concentração nos ambientes vibratórios da natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituiriam os principais elementos de preparação do médium.
Após 55 anos de atividades à frente da Tenda Nossa Senhora da Piedade (1º templo de Umbanda), Zélio entregou a direção dos trabalhos as suas filhas Zélia e Zilméa, continuando, ao lado de sua esposa Isabel, médium do Caboclo Roxo, a trabalhar na Cabana de Pai Antônio, em Boca do Mato, distrito de Cachoeiras de Macacu – RJ, dedicando a maior parte das horas de seu dia ao atendimento de portadores de enfermidades psíquicas e de todos os que o procuravam.
Em 1971, a senhora Lilia Ribeiro, diretora da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade – RJ) gravou uma mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, e que bem espelha a humildade e o alto grau de evolução desta entidade de muita luz. Ei-la: "A Umbanda tem progredido e vai progredir.
É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo.
O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa.
Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxósse, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxósse, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão.
Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda.
Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que safram desta Casa.
Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade.
Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares.
Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos.
Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria.
Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".
Zélio Fernandino de Moraes dedicou 66 anos de sua vida à Umbanda, tendo retornado ao plano espiritual em 03 de outubro de 1975, com a certeza de missão cumprida. Seu trabalho e as diretrizes traçadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas continuam em ação através de suas filhas Zélia e Zilméa de Moraes, que têm em seus corações um grande amor pela Umbanda, árvore frondosa que está sempre a dar frutos a quem souber e merecer colhê-los.

2008 - 100 anos de Umbanda

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PREVISÕES PARA O FINAL DE 2008


Quarto trimestre
Xangô Agodô, Oxum Olobá, Oxum Docô, Oiá Timboá
Xangô Agodô, Oxum Olobá e Oxum Docô, fazem desse trimestre uma espécie de julgamento final, Xangô ao centro da Oxuns que trazem em sentido figurado o mel e o epô, Olobá mais rígida, porém Oxum Docô, a grande Mãe, aqui darão o veredicto final para todas as ações do ano, uma espécie de aprovação. As pessoas receberão axés conforme o merecimento, ou seja, aqui as pessoas vão colher exatamente o que plantaram.
Esses julgamentos estarão sob a proteção de Iansã Bomi, o Orixá estará como em todo o ano, impedindo influências montadas ou tentativas de manipulação religiosa. Será o ano em que as trocas de feitiçaria para prejudicar o próximo terão peso quase que ausente.
Para selar isso, Oiá Timboá recebe o final do ano para entregar justamente com essa energia de “ano limpo” para Ogum Avagã

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

IANSÃ



dia da semana
terça-feira
cores
vermelho e branco ou coral
símbolos
chicote (eruexim) , raio
elemento
fogo
plantas
sensitiva, espada de Iansã (borda amarela), bambu, periquitinho.
animais
borboleta
metal
cobre
comida
acarajé, bobó, xinxim, vatapá, pirão. Manga rosa
bebida
champanha
sincretismo
Santa Bárbara ( 4.12 )
domínio
ventania, temporal
o que faz
dá coragem e impulsividade;protege contra desastres e acidentes.
quem é
a mais impulsiva das companheiras de Xangô, Orixá das paixões e aventuras.
características
passional, audaciosa, alegre, agitada, líder, vaidosa, intrigante, vingativa, irritável.
quizília
folhas secas , lagartixa
saudação
Epa Hei!
riscos de saúde
problemas de rins e vesícula biliar
presentes prediletos
um perfume ou outro objeto de toalete; flores vermelhas, suas comidas e bebidas.
lendas:

(1)
Certa vez, Xangô foi visitar o irmão Ogum e conheceu sua mulher Iansã. Os dois se apaixonaram e Iansã largou Ogum, indo viver com Xangô. Tempos depois, com saudades, Iansã voltou para Ogum; emtão Xangô chamou seu exército e atacou o reino do irmão. Enquanto lutavam, Ogum mandou Iansã para o reino de Oxossi. Quando Xangô, vencedor, foi buscá-la, ela se casara com Oxossi.Atacou-o, e Oxossi mandou Iansã para o reino de Omolu. E a história se repetiu, até que Iansã foi mulher de todos os Orixás. Mas no final acabou voltando a viver com Xangô, e de sua união nasceram os gêmeos Ibeji.

(2)
Iansã e Xangô sempre foram muito companheiros, mas Xangô, como rei, queria sempre ser o mais poderoso de todos. Iansã não se conformava com isso, pois ela é muito independente e não admite ser mandada por ninguém. Certa vez, disseram a Xangô que, num reino vizinho, havia um sacerdote que conhecia uma poção que, quando ingerida, dava o poder de lançar fogo pela boca. Como estava envolvido numa luta, Xangô mandou Iansã buscar a poção para ele. Ao voltar, ela começou a pensar que não era justo que só Xangô tivesse esse poder; então, tomou um pouquinho da poção, para que o marido não percebesse. Assim, ela ficou com o poder mágico mas, como tomou pouca poção, é dona apenas dos ventos e dos raios fracos.

(3)
Depois que casou com Oxum, que era muito dengosa, Xangô passou a negligenciar Iansã, que ficou muito enciumada. Um dia, quando Oxum foi tomar banho no rio, Iansã resolveu se vingar e fez surgir uma cortina de fogo no caminho; mas Oxum fez o rio transbordar e o fogo se apagou. Iansã ficou ainda mais irritada e atacou Oxum com a espada. Como Oxum só levava um espelho, usou-o para fazer com que o reflexo do sol cegasse a rival. Só assim Iansã parou e as duas puderam conversar.

(4)
Iansã viveu por muito tempo com Xangô e foi sua melhor companheira de aventuras. Apesar de sua inconstância, ela gostava muito dele. Por isso, quando Xangô morreu, ela ficou tão desesperada que não quis mais viver. Pediu aos Orixás que aceitassem sua ida para o mundo dos mortos em companhia do marido e então se matou. Por ter ido pela própria vontade, Iansã se tornou amiga dos Eguns. É por isso que Iansã é o único Orixá que tem coragem de participar do culto dos mortos, dominando-os com seu chicote.

Fonte:http://www.pallaseditora.com.br/iansa.php

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

POMBA-GIRA RAINHA DAS ALMAS


Possui rara beleza, exala sensualidade, transmite segurança aqueles que por ela procura; é forte e determinada quando assume um trabalho, não deixando nada para depois; personalidade marcante, severa e disciplinadora, ao mesmo tempo em que é terna e doce. Sobre sai muito seu lado passional,emocional, sentindo muito quando vê alguém aos frangalhos por causa de um relacionamento com desfeche ruim, auxiliando a pessoa de maneira inconfundível e decisiva neste aspecto.
Auxilia também de maneira marcante as mulheres que recorrem a ela com problemas de fertilidade ou de ordem sexual.
Da grande valor ao conceito família. Esta entidade recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no Cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas, isto dependera exclusivamente dela. Trabalha com os Exus da Linha da Almas, ela é uma das companheiras do Exu Tranca Ruas das Almas.
Apresenta-se esta entidade, sob a forma de uma linda mulher de estatura mediana-alta, magra, de cabelos e olhos negros, sendo seus cabelos compridos e muito lisos, enrolando apenas em suas extremidades.
Ela é também muito temperamental, procura saber tudo sobre o consulente antes de esboçar qualquer tipo de ajuda, contudo uma vez que entra em trabalho, ela não sai enquanto tudo não estiver direitinho, como ela diz: “Formoso”; ela vai ate o fim, e nunca ouvi se quer uma reclamação, o que ela promete cumpre e pontualmente.

FONTE: http://www.terreirodeyansa.hpg.ig.com.br/exus/pombacigana2.htm

Corrente de Pretos-Velhos



SALVE AS ALMAS BENDITAS!!!

Vibração do Pai Ogum e Mãe Iansã



SINTONIA ESPIRITUAL PERFEITA

Umbanda em Familia



Filhas (material e espiritual) amadas!!!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

RAINHA DO MAR


Retira a jangada do mar,
Mãe d'Água mandou avisar,
Que hoje não pode pescar,
Pois hoje tem festa no mar!

Ieeeehhh Yemanjá
Ela é, ela é, a rainha do mar!

Traz pente, traz espelhos,
Pra ela se enfeitar,
Traz flores,
Traz perfumes,

Pescador do mar,
Retira a jangada do mar,
Mãe d'Água mandou avisar,
Que hoje não pode pescar, pois hoje tem festa no mar!

OGUM-NHÊ


As 7 espadas saíra da mata era Ogum ! Gritou o Caçador.
As 7 espadas saíram do mar,era Ogum ! Gritou o Pescador.
As 7 espadas saíram da terra,era Ogum! Gritou o Guerreiro.
As 7 espadas rasgaram o céu,era Ogum! Gritou Olorum.
Eu andei por ruas desertase um manto azul me escondeu dos perigos.
Eu andei por estradas longas e um manto vermelho me cobriu dos inimigos.
Eu andei por terras, asfaltos e mares e um manto prateado afastou de mim, o Medo.
Meu Pai e Poderoso Ogum!Senhor das 7 Serpentes,Senhor dos 7 anéis Sagrados,
Deito a teus pés no dia de hoje e sempre para em louvor agradecer a sua proteção.
Ogum Yê MEU PAI !!!

SÃO JORGE GUERREIRO

"Eu andarei vestido com as roupas e as armas de Jorge,
Para que meus inimigos:
Tendo pés não me alcançem,
Tendo mãos não me toquem,
Tendo olhos não me vejam.
E nem em pensamento possam me fazer mal..."