quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


Caboclos são todos os espíritos de uma certa hierarquia que vibram na mesma energia da lei de Umbanda. Para ser caboclo não é necessário que o espírito já tenha sido em alguma reencarnação um índio, é necessário sim que ele se identifique com as leis de Umbanda, que são:
1-Caridade,
2- Simplicidade ou Humildade,
3- Senso de dever,
4- Lealdade,
5- Honra.
Conforme dito a cima, nem todos os caboclos vem de origem indígena mas muitos que ainda militam na ceara umbandista já foram índios e necessitam trabalhar pelo seu progresso e pelo progresso de seu próximo e infelizmente são tidos como atrasados em algumas religiões, e em outras não encontram campo de ação, pois os cultos já estão muito distorcidos da prática do bem. E assim sendo só encontram na sagrada Umbanda uma porta aberta ao trabalho dentro das normas do Mestre Jesus. A influência indígena na Umbanda é clara o que não impede que espíritos outros nela trabalhem, e é o que tem acontecido ultimamente, muitos espíritos que ocuparam lugar de destaque na sociedade terrena, hoje encontram-se como caboclos ou preto-velhos na humildade e na força que a Umbanda exige de seus integrantes. Observa-se também que caboclo é uma nomenclatura usada para se referir a ligação com a natureza que são as forças mantedoras da vida, Ex: Caboclo Beira-Mar, que traz como força maior as águas ou Caboclo sete pedreiras que traz como força o mineral e assim por diante nos vários nomes que identificam seu campo de ação.
Como sabemos a umbanda é a única religião genuinamente Brasileira iniciada pelo caboclo das Sete Encruzilhadas, que ficou se sabendo através de um médium Kardecista que o mesmo havia sido um padre Jesuíta em sua encarnação anterior, e ao ser inquerido deu o seu nome, que era Padre Gabriel Malagrida e seus feitos como servo de Deus. Muitos espíritos que trabalham ainda hoje na Umbanda já foram índios e se orgulham de o terem sido, pois o índio representa a natureza, o modo simples de viver, também representa a força e astúcia . Engana-se quem vê nos índios seres atrasados, pois a alguns séculos atrás haviam índios de uma grande inteligência, tais como os Maias, Incas e Astecas que em nada lembravam a ignorância e sim a inteligência.
Atrasados foram os homens brancos ( europeus) que os dizimaram com o pretexto de que eram selvagens e sem alma, de olho nas suas riquezas e terras.
Se a alguns séculos atrás estes espíritos que participavam da família indígena já eram adiantados, o que se dirá hoje depois de muitas reencarnações e trabalho em prol da Umbanda. Portanto engana-se quem acha que a Umbanda é feita por espíritos atrasados.
Nas falanges de Umbanda militam variados graus de espíritos como na sociedade terrena; Espíritos que já foram diplomados na terra e também espíritos simples, o importante na Umbanda não são os títulos que ajam adquirido nas faculdades terrenas já que no plano espiritual também há faculdades, o importante é que esses espíritos tenham amor no coração e acima de tudo fé em Deus, disciplina e honra também são essenciais para pertencer as falanges de Umbanda, e é através destes quesitos que se pode praticar a fraternidade aos irmãos necessitados. Como pode alguém chamar estes espíritos de atrasados, espíritos que se dedicam a proteger e amparar os irmãos da Terra que em sua grande maioria provocam os seus próprios padecimentos, estes sim é que são atrasados que não reconhecem o amor, fé, disciplina e honra.Caboclo são os nossos “pais”, guias espirituais os nossos anjos da guarda, que nos assistem nos dando conselhos, nos fluidificando e nos amparando para que o mal não nos prejudique a jornada de aprendizado na terra, São os nossos professores e mestres na escola do Mundo, em fim são as mãos de Deus que amparam os filhos retardatários na jornada evolutiva.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A FERRADURA...


A utilização da ferradura, para trazer boa sorte e manter o mal afastado, baseou-se em uma antiga e tradicional lenda cigana. Diz a lenda que um dia surgiram 4 demônios que se chamavam Infelicidade, Azar, Doença e Morte. Certa noite um cigano estava cavalgando no seu cavalo predileto, retornando para casa em meio à escuridão, quando, no instante em que atravessava uma ponte, os 4 demônios saíram do mato e iniciaram uma perseguição a ele. O cigano logo tratou de manter a dianteira, enquanto os 4 prosseguiram a caça, saltando as cercas e correndo velozmente pelas estradas. A perseguição era tanta que o Azar logo o alcançou. E a partir dai os dois cavaleiros, O Azar e o cigano, colocaram-se à frente dos outros 3 demônios até que, no momento exato em que ultrapassavam uma determinada estrada, a ferradura do cavalo do cigano se soltou. Acontece que a ferradura voou pelos ares e acabou atingindo a fronte do Azar, ferindo-o mortalmente. O cigano suspirou aliviado, parou para recolher a ferradura, e depois continuou a sua jornada de volta ao acampamento enquanto os outros 3 demônios agarravam o cadáver do irmão para o enterrarem.
Ao chegar ao acampamento, o cigano pregou a ferradura na porta do seu vardo e contou para toda a tribo a sua façanha de ter matado o Azar. No dia seguine, os 3 demônios restantes chegaram ao local, à procura do cigano; porém quando viram dependurada na porta do vagão aquela ferradura que havia matado o Azar, fugiram assustados com os rabos entre as pernas.
Toda vez que um cigano encontra no chão uma ferradura com a sua parte aberta voltada para ele, e com as suas chapinhas viradas para cima, ele a pega e lança de imediato para trás por cima do seu ombro esquerdo. Depois cospe e continua o seu caminho. Contudo, se a parte aberta da ferradura não estiver voltada para ele, tendo as duas chapinhas viradas para baixo, ele a dependura no galho de uma árvore das cercanias ou então a cerca com qualquer coisa para que a má sorte se afaste.
Depois cospe e segue em frente. Entretanto quando a fechadura está com a sua parte fechada voltada para ele (pouco importando se as chapinhas estão viradas para cima ou para baixo), é um sinal de boa sorte, e, caso seja o seu desejo, ele pode levá-la para casa e dependurá-la na sua porta. Mas, independente de a ter levado ou não para casa, a sorte lhe vai sorrir naquele dia. Aliás, para que as ferraduras possam atrair a boa sorte, elas devem ser dependuradas com a sua parte aberta para o alto e a fechada para baixo.

-Extraído de "Magia e Feitiçaria dos Ciganos", de Raymond Buckland

sábado, 15 de novembro de 2008

ANIVERSÁRIO DA RAINHA DAS ALMAS


No dia 14-11-08 comemorei o aniversário desta maravilhosa Pomba-Gira.
Para minha felicidade, muitos amigos compareceram.

A noite foi simplesmente maravilhosa!

Agradeço á todos pelo carinho,pela alegria e felicidade que trouxeram até este reino.

Reino do Pai Ogum e Mãe Iemanjá, na qual a Rainha das Almas tem o seu lugar de trabalho e honra também.

Salve as Almas!

"A amizade oferece oportunidades, lições que precisam ser aprendidas e ensinadas, seja nos difíceis como nos bons momentos, em qualquer situação sempre há algo que nos é revelado.

A amizade é o exercício dos princípios Divinos que devemos vivenciar para aprender estar em Harmonia com toda a Criação.

Bendita seja essa amizade, prova de que Deus se faz conhecer através das pessoas que alcançam nosso coração.

Agradeço ao Criador por me conceder os amigos; Mestres nas lições valiosas para compreender o significado que move a Vida chamado Amor... "

quinta-feira, 6 de novembro de 2008



As 7 lágrimas de um Preto Velho

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas deciam-lhe pelas faces, não sei porque contei-as…foram sete.

Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. Fala meu Preto Velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?
E ele, suavemente respondeu :

“Estás vendo esta multidão que entra e saí? As lágrimas contadas estão distribuidas a cada uma dela.”

- A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para sairem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…
-A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
-A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando prejudicar aos seus semelhantes.
-A quarta, aos frios e calculista que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão.

-A quinta, aos que chegam suave, com risos, o elogio na flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: “Creio na Umbanda, nos teus cabocolos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso ou me curarem disso ou daquilo.”

-A sexta, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.

-A sétima, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada: Foi a última lágrima, aquela que vive nos “olhos” de todos os Orixás. Fiz a doação dessas aos médiuns vaidosos, que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.

Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma as sete lágrimas de Preto Velho.

domingo, 2 de novembro de 2008

FINADOS


DIA DE FINADOS, DIA DOS MORTOS, DIA DOS CULTO AOS ANCESTRAIS
Desejo que o dia 02 de novembro seja aproveitado para reflexões, meditações e muita oração, aos nossos queridos entes, nossos ancestrais tantos dos vínculos consagüineos quanto antepassados aos do nosso ritual, aos nossos amigos que já fizeram a passagem e a vida.

O ritual de "Almas e Angola" a força que nos conduz, que nos ensina que partimos das formas mais densas, mais brutas, para as mais sutís, para as mais perfeitas.

Tenhamos que a RELIGIÃO de Umbanda, dirige-se a DEUS (ZAMBI), através dos Orixás, apoiando-se, é óbvio, nas ALMAS e sem as ALMAS nada se faz.

A VIDA PRESENTE DEPENDE DA VIDA PASSADA DE NOSSOS ANCESTRAIS.


Ancestralidade

Ouça no vento
O soluço do arbusto:
É o sopro dos antepassados.
Nossos mortos não partiram.
Estão na densa sombra.
Os mortos não estão sobre a terra.
Estão na árvore que se agita,
Na madeira que geme,
Estão na água que flui,
Na água que dorme,
Estão na cabana, na multidão;
Os mortos não morreram...
Nossos mortos não partiram:
Estão no ventre da mulher
No vagido do bebê
E no tronco que queima.
Os mortos não estão sobre a terra:
Estão no fogo que se apaga,
Nas plantas que choram,
Na rocha que geme,
Estão na casa.
Nossos mortos não morreram.

BIRAGO DIOP (POETA AFRICANO)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O MÉDIUM


Ser médium é ser intermediário entre a vida espiritual e a material. Cabe ao médium receber e transmitir mensagens ditadas pelo mestre, guia ou protetor. Toda e qualquer pessoa é potencialmente um médium, sendo diversas as modalidades, graus e faixas de evolução com que se apresenta a mediunidade de um indivíduo.

Não é finalidade deste artigo estudar uma a uma essas formas de mediunidade, mas de mostrar que, em todas elas, há requisitos, direitos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não. Mediunidade "aberta" se aplica naquelas pessoas em que o fenômeno da mediunidade, ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma.


A responsabilidade do médium é grande, não só porque dele dependem diversos irmãos materiais, como também porque nele é depositada a confiança do Supremo Criador.


O médium deve ser humilde, resignado, perseverante, caridoso e acima de tudo, justo para com todos os que o rodeiam e o procuram. O médium deve ter fé, esperança, compreensão e amor para distribuir a todos que, carentes de palavras de conforto, ouvem as mensagens do Astral. Somente dotado destas virtudes pode o médium receber transmissões de verdade, paz e harmonia para retransmití-las a seus irmãos.


O desenvolvimento da mediunidade se processa a medida que o indivíduo vai fixando estes conceitos dentro de seu íntimo e, o que é mais importante, a medida que estes conceitos vão sendo praticados realmente, do fundo do coração, é que ele vai subindo na escala de desenvolvimento mediúnico. O tempo deste desenvolvimento está diretamente relacionado com a aceitação da Verdade Divina e a aplicação desta verdade no cotidiano do médium.


Existem certos entraves e barreiras na vida de um médium que, por vezes, em segundos apenas, pode ele perder anos de aperfeiçoamento espiritual. Entre eles podemos citar o ódio, o rancor, o ciúme, a inveja, o fanatismo e o materialismo abusivo. São obras dos espíritos sem luz que estão à espreita dos menos avisados e tomam posse do corpo astral do indivíduo, incutindo-lhes sensações e sentimentos mórbidos que na certa irá destruí-lo se não forem combatidos a tempo. Neste caso o médium torna-se um possesso das forças do mal, chegando até, o que muito freqüentemente ocorre, a influir materialmente na vida do médium, fazendo com que este transmita estes sentimentos impuros a todos os que o rodeiam. Torna-se então num antro de forças negativas e cai no abismo escuro e profundo das trevas.


Portanto tem, o médium, sempre duas portas à sua frente e depende dele abrir a porta certa. Não é como se diz "um tiro no escuro", todo médium ao encontrar-se numa situação semelhante deve elevar seu pensamento à Deus e com forte e vigorosa prece implorar aos seus mentores que iluminem sua mente e o impila a seguir por caminhos retos.


O médium tem proteção espiritual, basta preservar esta proteção e sempre renová-la através de pensamentos positivos de paz, amor, verdade e justiça. O médium, para conseguir isto, não necessita ser um intelectual, nem um recluso da vida material. Basta que tenha uma vida normal, regular, mas sempre voltado para as coisas espirituais, que é a razão de sua existência, mas nunca com fanatismo, que é uma das portas do abismo. Deve ser controlado, estável diante de situações tanto alegres como tristes, felizes como desesperadoras, sem entretanto perder o sentimento de humanidade. Deve sempre ter em mente que Deus a tudo vê e a tudo fiscaliza. Deve semear a harmonia de partes conflitantes, não importando de que lado esteja. Deve perdoar a todos sem exceção, não interessando por quem ou por que foi ofendido. Deve ter paciência com os menos esclarecidos, afastando sentimentos de ódio, inveja, ciúmes e rancor.


Não deve ter ilusões nem iludir a quem quer que seja. Deve sim, mostrar a realidade dos fatos e aceitá-la como tal. Deve saber distinguir o certo do errado e saber dizer esta verdade sem ferir a ninguém. Deve seguir os mandamentos ditados pelo Mestre dos Mestres, não como uma obrigação, mas como uma coisa natural, real e verdadeira. Para isso deve imprimir no seu íntimo a essência e as razões de tais mandamentos. Deve principalmente: "AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO".

FONTE:http://www.saocosmeedamiao.com.br/mediunidade2.htm

domingo, 26 de outubro de 2008

POMBA-GIRA GUARDIÃ NÃO É KIUMBA




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Quando ouvimos a palavra pomba-gira numa frase, é quase certo que esteja sendo usada de forma equivocada.
Associam-na à poder sim, mas não ao seu verdadeiro poder, que é bastante limitado e controlado pelo Auto. Em muitas outras situações a analogia que sofrem nossas comadres se dá com espíritos de psicopatas e ninfo-maníacas sedentas de sensações humanas primitivas. Prontas à atender qualquer pedido em troca de cachaça, e um prato de comida que mais parece oferenda para cachorro. Há ainda os que acham que se ofertarem dinheiro, jóias e bebidas caríssimas, terão todos os seus inescrupulosos pedidos atendidos.


Aos que se encontram nessa categoria de relacionamentos, sinto informar que não conheceram nenhuma Pomba-gira. Estão muito mal amparados por espíritos mistificadores e sem evolução alguma, que são chamados quiumbas. Se não se importam com quem estejam travando seus contatos, ou se não se importam com as consequências, que serão muitas, ao menos tenham a consciência que definitivamente não são Pombagiras essas pobres entidades.


Uma Pomba-gira guardiã é um espírito que tem consciência de seus atos, com um poder relativo para executar solicitações diversas dentro da lei cármica de causa e efeito. São muitas as possibilidades de ajuda que elas nos proporcionam, mas não podem atuar desvairedamente nos favorecendo os caprichos inconsequentes. Estamos aqui nesse momento, nessa dimensão para crescermos, e inúmeras vezes teremos de lidar com a perda e a frustração, isso faz parte do processo que nós mesmos escolhemos. Eu sei que isso é difícil, mas confiar na providência sempre é o melhor caminho. Procure entrar em contato com nossas queridas amigas Pombagiras, através de um bom médium, ouça seus conselhos, confie seus segredos e siga suas orientações, muitos caminhos irão se abrir, muitas respostas virão e muito mais amor verdadeiro e prosperidade merecida acontecerão em suas vidas.


Um abraço, aos irmãos de fé.

Claudia Baibich

www.pombagiras.blogspot.com

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